O Dia Internacional da Mulher deste ano foi uma data marcada por reflexões para os profissionais do mercado de seguros do Rio de Janeiro. Em almoço promovido pelo CVG-RJ neste dia 8, terça-feira, evento que faz parte da programação dos 50 anos do Clube, as mulheres homenageadas foram convidadas a se tornarem donas de suas escolhas, tanto na vida pessoal como na profissional. Quem transmitiu a mensagem foi Maria Helena Monteiro, diretora de ensino técnico da Escola Nacional de Seguros, durante uma palestra especial sobre autoconfiança e dificuldades enfrentadas pelas mulheres na sociedade e no mercado de trabalho.
"Em todo mês de março, há cinco anos, tenho a missão auto imposta de promover palestras que ajudem as mulheres do seguro, que hoje já representam 56,6% dos profissionais do setor", declarou a diretora. Ela esclarece que as estatísticas não são tão favoráveis nos fatores hierarquia e remuneração, mas aponta a fórmula para chegar lá: ter coragem e acreditar em si mesma. "O primeiro passo para aprender a nadar é pular na água", compara.
Maria Helena listou cinco dicas sobre como adotar uma atitude mais assertiva. "É preciso sair da zona de conforto, trabalhar a automotivação, investir na formação contínua e na rede de relacionamentos, reconhecer e interpretar os problemas com rapidez e acreditar na sua intuição", aconselha, acrescentando que "capacidade só não basta. A autoconfiança é fundamental e é uma das características do talento."
A executiva informou que a Escola Nacional de Seguros atualizará, neste ano, a pesquisa realizada em 2013 sobre a participação das mulheres no setor de seguros, e aposta: "apesar da crise econômica, o mercado continuará crescendo, e o mesmo acontecerá com a presença feminina".
Após a palestra, ela recebeu uma placa de agradecimento do CVG-RJ, entregue pela diretora da sucursal RJ/ES da SulAmérica, Solange Zaquem, e pela vice-presidente da Comissão Fiscal do Clube, Leila Nogueira. Quem também recebeu homenagem foi Andrea Badia, gerente regional do PASI no Rio de Janeiro, que é a mais nova empresa benemérita da entidade. A profissional recebeu a placa em nome do presidente da companhia, Alaor Silva Junior.
Diretoria relembra motivação da data
Durante a abertura do evento, o vice presidente do CVG-RJ, Carlos Ivo, explicou a origem do Dia Internacional da Mulher, oficializado em 1910 como homenagem a operárias mortas após reivindicar melhores condições de trabalho nas fábricas em 1857. A equiparação de salários era uma delas. "As mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem exercendo a mesma função", informou. Hoje, mais de 150 anos depois, as mulheres ainda recebem cerca de 30% menos.
Já o presidente do Clube, Marcello Hollanda, frisou a importância de manter a tradição de homenagear as mulheres com eventos desse tipo, como vem fazendo em sua gestão. "A palestra enriquece o conhecimento não só das mulheres como dos homens, promovendo uma reflexão sobre o tema e reconhecendo a dupla jornada de trabalho das mulheres", diz.
No final da cerimônia, conduzida pelo diretor financeiro do CVG-RJ, Wellington Costa, todas as mulheres foram presenteadas com rosas e chocolates oferecidos pelo Clube e uma nécessaire da Escola Nacional de Seguros.
Aprovação das mulheres
O evento fez com que Solange Zaquem, diretora regional RJ/ES da SulAmérica, se lembrasse de uma das mulheres pioneiras do mercado: Beatriz Larragoiti. "Ela era uma pessoa inspiradora pela sua simplicidade, força e certeza do que queria. Com o meu retorno à seguradora, revivo a minha primeira passagem e constato que, hoje, a companhia centenária chegou onde sua fundadora desejava."
Isabel Silva, superintendente financeira da Seguradora Líder DPVAT, declarou que o almoço foi uma ótima oportunidade para reunir a ala feminina do mercado de seguros, que ainda é bastante masculino. "A mulher tem conquistado cada vez mais espaço e vem mostrando sua competência, equilibrando as relações do setor com a sua sensibilidade", comemorou.
Fátima Cristina Monteiro, fundadora da Flanci Corretora, afirmou que já aplica em sua vida tudo o que Maria Helena apontou em sua palestra. "Quando fundei a corretora, meu filho tinha 11 anos e ficou triste porque eu teria menos tempo com ele em casa. Como resolvi essa situação? Trazendo-o para trabalhar comigo quando ele ficou mais velho. Hoje, comandamos a empresa lado a lado", contou a executiva.
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